INTENÇÃO DO MÊS - NOVEMBRO
INTENÇÃO GERAL
PARA QUE OS SACERDOTES EM DIFICULDADE ENCONTRE CONFORTO NO SEU SOFRIMENTO, SUSTENTO NAS DUAS DÚVIDAS E CONFIRMAÇÃO NA SUA FIDELIDADE.
Na opinião de muitas pessoas, os sacerdotes não experimentam problemas, pelo menos sérios. Ora isto não corresponde à realidade. Encontram dificuldades na sua vida, como toda a gente, e por vezes bem graves. Daqui que a Intenção Geral deste mês nos chame a atenção para esta questão.
Todos nós, padres, recordamos os primeiros fervores do nosso sacerdócio e agradecemos todas as graças que nos foram concedidas na nossa ordenação. Mas, com o andar dos anos, este ânimo pode diminuir, e geralmente diminui, ainda que não possamos falar de regras gerais.
As exigências do ministério sacerdotal são muitas e afectam a consciência de cada sacerdote que, como qualquer homem, possui virtudes, defeitos e debilidades. Em condições favoráveis, estas exigências ajudam à sua santificação, mas nem sempre as condições se apresentam normais. O sacerdote sabe que foi ordenado para servir os fiéis que lhe são confiados e procura fazer o melhor que pode, mas isso não significa que não experimente momentos difíceis na sua vida.
Um dos problemas que experimentam muitos padres é o da solidão. Esta não é necessariamente negativa e é até necessária, nalgum sentido. Oferece momentos de intimidade com Cristo, favorece a oração e o estudo... Mas, em muitos casos, é negativa e pode acarretar numerosos problemas. É necessário, por isso, remar contra ela, por meio do contacto com os colegas ou até a vida em comum com eles, a relação amistosa com as pessoas, a formação permanente, etc.
É necessário que os fiéis tenham consciência que não são só os sacerdotes que os devem apoiar a eles; também eles devem apoiar os sacerdotes, persuadidos de que os frutos do ministério sacerdotal dependem, em grande parte, das ajudas a vários níveis que recebem dos que lhes estão confiados.
Unamo-nos, de um modo particular neste mês, ao Santo Padre, rezando e ajudando por outros meios os sacerdotes que enfrentam dificuldades, para que encontrem consolação nos seus sofrimentos, apoio nas suas dúvidas e reforço na sua fidelidade.
INTENÇÃO MISSIONÁRIA
PARA QUE A MISSÃO CONTIMNETAL TENHA FRUTO E ENVIO DE MISSIONÁRIOS DA AMÉRICA LATINA PARA OUTRAS IGREJAS.
Comecemos por dizer algumas palavras sobre a Missão Continental de que fala a Intenção Missionária deste mês, já que esta não é conhecida entre nós.
Em Maio de 2007, e contando com a presença do Papa Bento XVI, a Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe realizou a sua 5ª Assembleia, na cidade de Aparecida, no Brasil. O COMLA (8º Congresso Missionário Latino-americano), realizado em Quito (Equador), em 2008, representou o lançamento oficial da Missão Continental.
Os bispos fizeram um balanço da vida de fé no Continente e concluíram que era vontade de Deus, para eles e para as suas dioceses, a realização de uma grande Missão Continental. Declararam os bispos: «Começa um novo período da história, com desafios e exigências, caracterizado por uma desorientação generalizada, que se manifesta em novas perturbações sociais e políticas, provocadas por uma cultura estranha e hostil à tradição cristã... A Igreja está chamada a relançar a sua missão nestas novas circunstâncias. Ela não pode fechar-se em si mesma. Trata-se de confirmar, renovar e revitalizar a novidade do Evangelho, a partir de um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, que suscite discípulos e missionários».
O propósito dos bispos em Aparecida é muito claro: a «firme decisão missionária deve impregnar todas as estruturas eclesiais e todos os planos pastorais das dioceses, paróquias, comunidades religiosas, movimentos e todas as instituições da Igreja. Todos devem entrar decididamente no processo indicado de renovação missionária e abandonar as estruturas caducas que não favoreçam a transmissão da fé».
Os bispos não falaram explicitamente do «envio de missionários a outras Igrejas», mas a Intenção Missionária deste mês fala. Mas podemos dizer que tal está implícito nas palavras que os bispos latino-americanos proferiram.
O Papa propõe assim à nossa oração aquilo que é desejo de toda a Igreja: que todas as dioceses da América Latina tenham a generosidade e a valentia de enviar missionários a outras Igrejas, o que já acontece, mas pedimos a Deus que se intensifique.
António Coelho, s.j
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